Com nova regra, familiares de usuários de drogas poderão pedir internação.Câmara também endureceu as punições para os chefes do narcotráfico.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22) o texto-base de projeto de lei que autoriza a internação involuntária de dependentes químicos e aumenta a pena para chefes de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, a nova Lei Antidrogas.
Nos últimos anos, as consequências negativas do consumo de álcool e outras drogas no Brasil têm sido identificadas como um problema prioritário para o setor saúde. Bebidas alcoólicas e tabaco ocupam as primeiras posições entre as substâncias mais consumidas, enquanto maconha e crack apresentam percentuais mais baixos. O Brasil priorizou a implantação de serviços comunitários para o tratamento da dependência de álcool e outras drogas e o resultado foi a expansão da rede de atendimento e do acesso ao tratamento.
Fim de semana, festa animada, churrasco, balada com os amigos e a vitória do time são alguns dos motivos e justificativas usados para exagerar no consumo de bebida alcoólica. Este exagero cobra um preço caro. O consumo eventual também tem participação em outros problemas graves e demasiadamente frequentes no Brasil: violência familiar, acidentes de trânsito e no trabalho.
Número de unidades em programa contra o fumo pode ser dez vezes maior.Ministério da Saúde diz que cigarro mata 200 mil brasileiros por ano.
O Ministério da Saúde publicou nesta segunda-feira (8), através do Diário Oficial da União, novas diretrizes que vão ampliar o acesso de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a tratamentos para parar de fumar.
Integrantes do Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aprovaram por unanimidade uma recomendação para a retirada da pauta do Projeto de Lei (PL) 7.663/2010, de autoria do deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), que pretende reformar a Lei 11.343/2006 (Lei Antidrogas). Para a instituição, o projeto fortalece a estigmatização e o preconceito em relação aos usuários de drogas ao manter a criminalização do consumo e as políticas de internação compulsória e involuntária.
Novos dados são do Ministério da Saúde. “O uso exagerado de álcool transforma a mulher em uma bomba-relógio”, afirma especialista
O consumo exagerado de bebidas alcóolicas transforma a mulher em uma bomba-relógio, mais vulnerável à violência, tanto no papel de vítima quanto no de agressora.
A publicitária Cyntia Schiavon, 39, ficou em desespero quando recebeu um telefonema informando que a filha de 16 anos estava passando "muito mal" em uma festa, regada a bebida alcoólica.
"Ela tinha 13 anos na época e jamais havia bebido vodca nem tinha recebido incentivo em casa para beber. Quando cheguei ao local, ela estava desmaiada e tive de carregá-la no colo até o carro. Minha filha ficou horas no hospital para se reabilitar."
Bebida causa mais de 200 diferentes doenças e lesões, incluindo cirrose hepática, acidentes de trânsito e diversos tipos de câncer.
Consumo elevado de álcool pode causar cirrose hepática ou acidentes de trânsito, mas também diversos tipos de câncer
Pesquisadores do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH), no Canadá, mostraram que o consumo de álcool é a terceira maior causa de doenças e lesões em todo o mundo, apesar do fato de a maioria dos adultos não consumir a substância.
De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde, o percentual de fumantes no país passou de 16,2% em 2006 para 14,8% no ano passado. De acordo com o Ministério, é a primeira vez que esse índice fica abaixo dos 15%.
No entanto, é comum os fumantes largarem o cigarro industrializado e partirem para outras formas de consumo do tabaco, como charutos, cachimbos, narguilés e cigarrilhas, que também são perigosas.
As drogas são um evidente flagelo mundial. Em boa parte do planeta, o combate à disseminação dos entorpecentes tem sido marcado por grandes e preocupantes fracassos. Deve-se isso, principalmente, à adoção de políticas equivocadas, inspiradas em ideias como buscar a sua erradicação (uma utopia) e em métodos que privilegiam ações policiais-militares, uma anacrônica visão estimulada a partir dos Estados Unidos.